Dotado de trejeitos caracterizo O Louco: meu velho companheiro de insanidades. Aquela parte escondida em meu cérebro que pensa em coisas absurdas, infundadas, mas que reserva este dom como um modo de se libertar deste mundo ainda mais louco. Não o culpo por tal jeito, e sim entendo suas necessidades. Entendo a loucura como um estado em que não podemos controlar; Ou só conseguimos controlá-la quando não há mais loucura a inventar.
Este teu modo insano de pensar me leva a artimanhas para entender tais passos. Uns largos e animadores, sendo outros misturados por cores borradas e cortes. Mesmo assim expõe seu sorriso, entre os cabelos bagunçados o tornando possuidor de uma beleza única. Olhos profundos e verdes. Insônia seguida de textos românticos à sua própria loucura. Considera-se diferente, não pelo estado em que se encontrava, mas pelo que vê, o que sente...
Senti-se só... Excluído e colocado junto de pessoas "como ele". Uns lhe apresentam amigos imaginários, outros lhe fazem até ouvir vozes. Real? Nem ele mesmo acredita! Encontra-se ainda mais diferente dos outros. Ainda pelo que vê e o que sente... Mas em volta daquela camisa branca e dentro deste quarto fechado se sentir só é apenas momentâneo.
Por Karime Pierre
Eu acredito que aquilo que não nos mata nos torna definitivamento mais estanhos. The Joker in Batman.