sábado, 28 de novembro de 2009

Na companhia do desespero

A noite fria era acompanhada pela minha insônia. De um lado ao outro tentava dormir e nada. Acabava retornando com meus olhos bem abertos. Resolvi não hesitar e obedeci. Levantei e fui até o banheiro, Onde me tranquei. Estava fraca, sem expectativas, me sentindo um nada. Não sentia mais o cheiro da vida E me encontrava à companhia de pensamentos enlouquecedores. Foi então que me ajoelhei e pensei. Encontrei-me face a face com a razão... Após momentos de desespero, transformei minha fúria em lágrimas. Agora aqui estou... Deitada, mas não tentando dormir E sim, dedicando o resto da noite as minhas linhas sem fim. Por Karime Pierre

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pensei...

Pensei amar, mas quando amei, vi que era ainda maior. Pensei saber, mas quando soube de tudo, vi que tinha mais a aprender. Pensei entender, mas conheci pessoas mais complicadas do que eu. Pensei achar o meu lugar, mas me perdi. Pensei te conhecer, mas vi que ainda me restava um longo caminho. Pensei viver, mas tropecei tentando pular fases. Pensei que estava sozinha, mas me vi cercada por milhões. Pensei achar o caminho certo, mas a placa me enganou. Pensei saber escrever, mas fugiram de mim as rimas. Pensei saber resolver qualquer tipo de problema, mas parei no primeiro. Pensei saber terminar um texto em prosa, mas percebi que era uma poesia. Por Karime Pierre

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cartas rasgadas

Cartas foram rasgadas... Amassadas, mas nunca esquecidas. Histórias ainda eram lembradas e fantasmas mostravam suas caras. Das cartas rasgadas tirava lágrimas. Das histórias relembradas e marcadas... Se apaixonava. Vivia triste com os pedaços de uma vida marcada. Pensava no passado como uma rosa, perdia sua cor, murchava. Das cartas rasgadas, pensava haver vida. Das histórias relembradas, tentava reviver-las, antes do tempo acabar. Por Karime Pierre

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O quarto escuro (parte III)

A madrugada gélida me fez despedir da noite tão bela. Me fez ver quanto tempo perdi tentando morrer em mágoas. Tentando matar minha lembranças, para enterrá-las e esquecê-las de vez. Porém em meu quarto escuro revivi cada uma transformando-as em fantasmas. Tornando-as sombras para me perseguir. Aos poucos sentia novamente meu corpo esquentar. E meu coração voltava a bater. Ao meu lado uma pousa de sangue transformava o ambiente em sombrio. No ar pairava o sopro do medo. Peguei meu caderno e vi manchas em suas folhas. O sangue queria consumir meus textos, mas eu queria preenchê-lo de palavras. Instantes depois recebi novamente a vida. Ela chegava com o sol, que dominou o todo o quarto escuro. Fim. Por Karime Pierre

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O quarto escuro. (parte II)

A noite chegava devagar e tomava todo o quarto. Via, sobre a janela, o brilho solitário da lua. Ela parecia está triste, por um momento pensei sentir suas lágrimas. Mas percebi que ela só refletia minha imagem. Sobre minhas mãos ainda repousa a canela, Que não me deixava descansar. Preenchia linhas e mais linhas com a inspiração vinda da letra depressiva. Em meus olhos não derramava mais lágrimas E sim sangue, que me faltava nas veias. Pensava perder o pulso, Mas ainda ouvia o leve som em meu peito. E o sangue pingava... Meu coração parava, parava... parou! Continua... Por Karime Pierre

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O quarto escuro (parte I)

Ouvia uma música estridente quando escrevia sobre estas linhas. Sua letra viajava em meus pensamentos e chegava ao quarto onde não se enxergava nada. Tudo estava escuro e os gritos do vocalista ecoavam nas quatro paredes. Lá fora, ouviam-se, nos intervalos, os pingos de chuva tocarem o chão. Não conseguia esboçar emoção alguma. Não sentia raiva, ódio ou até mesmo amor. Seu coração parecia ter parado de bater. Mas ainda sentia seu corpo vivo, ou tentando sobreviver. Sua respiração parava lentamente, mas seus sentidos continuavam inconscientemente. Não deixava de escrever e ainda ouvia os solos enlouquecidos do assassino das cordas. Continua... Por Karime Pierre

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A vítima

O sangue escorria sobre seus lábios. O medo estava estampado nos olhos de sua vítima e de longe podia sentir seus batimentos. Era como se tocasse em seu coração e cravasse suas unhas. Não sentia seu pulso. O belo vampiro, parado diante do corpo, não esboçava reação alguma. Em seu rosto expressava somente o desprezo e nenhum apego à vítima. Seus olhos eram vermelhos. E tão profundo, que não conseguiam fixár-los aos dele, com medo de caírem no hipnotismo Mais intensos não haviam. Mais brilhantes, só os de sua vítima quando olhava o sol. Aquele que não podia se expor. Olhava aquele corpo, estendido e completamente morto, esperando que abrisse os olhos novamente. Mas nada aconteceu! Nada aconteceu até, ao tocar a taça de vinho, sentiu uma mão segurar seu pé. __ Sangue, eu quero sangue! Tomou a taça até seus lábios pálidos e como uma sombra se materializou diante de sua nova noiva. __Venha, eu lhe mostrarei o caminho. Por Karime Pierre Olá amigos, Bom, vampiros novamente. Este texto é uma continuação de "Lábios Pálidos". *Quem não leu, é um texto ótimo também! uhahuahuhuauh (: Espero que gostem e se apaixonei ainda mais pelos vampiros! *.* Próxima postagem: Um pequeno conto, com três partes. Até a próxima! BJinhuss

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Junto às estrelas

Em meus sonhos vi estrelas, Ao seu lado, pulei sobre elas. Peguei carona em seu brilho E achei seu sorriso. Quando encontrei-te, Meus olhos se encheram de lágrimas. Quando beijei-te, Vi estrelas, E em minha mente pulei sobre elas. Por Karime Pierre