terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sem Inspiração

Muitos temas vieram à mente.
Assuntos diversos, assuntos apaixonados e até amigos para recordar.
Mas nada se completava ou encaixava como quebra-cabeça.
E eu continuava quebrando a minha...
Dando voltas e seguindo por um sentido
onde me levava ao mesmo lugar...
Assim, um texto sem sentido,
procurando lá no fundo sentimentos escondidos...
Mas, em sentido literal,
um dia sem inspiração!

Por Karime Pierre

Até mesmo os maiores poetas podem ter um dia sem inspiração. Formar um texto sem ao menos querer, mas para conter olhos com expectativas.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Primeira impressão 2

O sorriso que esboçava era de uma tranquilidade única.
Seus rosto, como de um príncipe, era encantador.
Enquanto andava em direção as montanhas
o vento tocava seus cabelos elevando-os,
via-se o verde oceano em um brilho inconfundível
ao serem revelados seus olhos.

O dia ganhava seu fim com o sol tocando o topo
da montanha e deixando ainda mais bela a vista.
Caminhava devagar, mas eram firmes seus passos à bota.
Era um lindo caminho em volta de grandes árvores...
Como um bosque!

De repente pequenas gotas de chuva começaram a cair.
Escorriam por seu rosto e conforme aumentavam,
deixavam seus cabelos molhados e jogados sobre os olhos.
Aos poucos surgiam pousas de água no chão
e por elas seus passos eram ecoados.

Aproximou-se então de uma casa de madeira.
Havia nela, algo único e singelo.
Soprava um vento franco, mas por ele flutuavam
as cortinas da janela.
Surgiu delas um par de olhos,
depois foi-se em vulto.
Ele sorriu!

A porta estava fechada.
Empurrou-a com vilência e se abriu rangendo.
Seus passos sobre o chão faziam barulho
e assombrava quem estava escondido.
Põe-se a subir as escadas...
Procurou...
Ouve um grito.

Ali estava a mulher:
De vestido branco até o joelhos,
cabelos loiros, olhos serenos e azuis,
mas olhar vazio,
tão vazio que tornou-se morto.

Por Karime Pierre

Virão mais textos envolvidos em suspense. Aguarde!  

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Aleatórios

Se há sentido em minhas palavras...
que eu ganhe flores ao amanhecer,
mas se de todas as rimas que tentei formar
não houver desejos ou sorrisos,
aposento-me das tristes e solitárias madrugadas
para dançar em palcos desconhecidos.
Haverá um dia em que nenhum poeta sofrerá de amor;
De modo que ao fingirem sorrisos,
ganhariam abraços e os amores 
seriam amantes eternos.
As lágrimas seriam de alegria,
e nas madrugadas a insônia companhia.

Por Karime Pierre

A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!

Esquece todos os poemas que fizeste. Que cada poema seja o número um.

Procures me amar quando menos mereço, pois é quando mais preciso.

Mario Quintana


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Primeira impressão 1

Seus olhos eram vermelhos de raiva.
Transpirava vingança, ódio...
Sobre o vento que elevava seus cabelos,
via-se sua expressão fechada e conforme
andava em direção as montanhas,
notava-se no canto dos lábios um sorriso sarcástico.

Aproximava-se de uma casa de madeira
pequena e simples,
com uma única lâmpada iluminando a frente.
O som de suas botas pareciam ecoar e ao chegar poucos metros
as cortinas da janela se mexeram
e a porta põe-se a abrir.

Ele então parou!
Ficou a fitar a entrada.
Seus olhos brilhavam assustadoramente.
Foi então que da porta surgiu uma mulher
trajando um vestido branco até os joelhos.
Seus cabelos loiros também eram elevados pelo vento,
mas em seus lábio não havia sarcásmo
e sim um sorriso aliviado e tranquilo.

Mudada a expressão ele põe-se a andar.
Seu sobretudo estava molhado pela chuva fina
e pelo seu rosto escorriam algumas gotas.
Encarou os olhos da loira
e então ela correu em sua direção.
Abraço-o e sem ao menos dizer uma palavra
beijaram-se a luz da lua que começava a surgir.

O dia chegava ao seu fim e o casal sentado no sofá
conversava ao pé do ouvido.
Confessaram juras e com mais beijos
terminaram a noite.
O rosto série sumira, a expressão severa e rude
ganhava um tom suave
e assim a descrição deixa essas linhas.

Por Karime Pierre

- Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever.

- Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas.

- Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.

Clarice Lispector